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Are we going to have to live with deepfakes in the elections, as Minister Barroso said?

Desinformante - 07 de março de 2024



Descobrir se as plataformas vão conseguir realmente conter deepfakes nas eleições brasileiras e internacionais em 2024 não é uma tarefa fácil. Além de ser um fenômeno de proporções inéditas e que se aperfeiçoa rapidamente, as iniciativas propostas pelas empresas de tecnologia também são novas e apresentam limitações técnicas. A  ineficiência das big tech em moderar conteúdos já conhecidos, como discurso de ódio e notícias falsas, também contribui para o ceticismo sobre a real disponibilidade de ação desses atores.


As próprias gigantes de tecnologia parecem estar cientes dos riscos das deepfakes em desestabilizar e influenciar eleições. Desde o ano passado, os líderes do setor estão assinando compromissos coletivos que envolvem a construção de ferramentas de segurança, como as marcas d’água, e a promoção de iniciativas de educação midiática. O acordo mais recente foi fechado no mês passado, quando 20 empresas se comprometeram a combater os conteúdos sintéticos durante os pleitos eleitorais de 2024.


Já o coordenador de projetos do centro de pesquisa NetLab UFRJ, Bruno Mattos, pontua que as ações de moderação das plataformas já se mostram insuficientes para conter o avanço das deepfakes. “É difícil imaginar uma reversão deste cenário com base apenas nos esforços de autorregulação das big tech”, comentou o pesquisador.


Nesta semana, imagens falsas criadas com IA mostravam Donald Trump, um dos candidatos republicanos na corrida eleitoral norte-americana, com pessoas negras, sugerindo que a comunidade negra o apoiava. As imagens falsas foram postadas no Facebook.


“O ritmo imposto por esse desenvolvimento faz com que seja muito mais difícil apresentar soluções técnicas que sejam capazes de limitar o avanço de deepfakes por si só”, afirma Bruno. “Acima de tudo, é necessário restringir a disseminação descontrolada e o consequente acesso a ferramentas de Inteligência Artificial generativa por parte de agentes maliciosos.”





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