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Our everyday misogyny... until when?

Uol - 17 de dezembro de 2023



Misoginia. Para muitas pessoas, esta é uma palavra ainda desconhecida. Para as mulheres, tem se incorporado ao vocabulário cotidiano e conquistado cada vez mais espaço em debates, campanhas e na compreensão de situações concretas. Com pequenas variações entre autoras, misoginia significa o ódio e a aversão a nós, mulheres.


Na última segunda-feira (11), os ataques de ódio e desrespeito contra Janja Lula da Silva nas redes sociais alcançaram outro patamar. Ao ter sua conta do X hackeada, foram publicadas "mensagens misóginas e violentas", típicas de "quem despreza as mulheres", como descreveu a própria Janja no dia seguinte ao episódio.


Além de desqualificar, ofender e humilhar as mulheres, a misoginia também dá lucro. Em redes sociais, perfis de grupos masculinistas — a chamada "machosfera" — investem horas diárias para disseminar desinformação sobre e contra mulheres e discurso de ódio manipulado, nunca explícito, de modo que consigam escapar de punições pelas plataformas.


Essa monetização da misoginia online precisa ser interrompida imediatamente. Por isso o Ministério das Mulheres estimula estudos e pesquisas sobre o tema; acabamos de firmar parceria com o NetLab/UFRJ (Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro), que analisará o ecossistema da misoginia nas redes e o perfil da receita gerada em decorrência de conteúdo audiovisual de ódio e desinformação de gênero, além da identificação de múltiplos golpes e fraudes direcionados a mulheres.



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