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'Read my mind': Meta helps ad scammers find victims

Uol - 21 de abril de 2024



A Meta, dona do Instagram e Facebook, usa dados pessoais de usuários para entregar fraudes "sob medida" e lucrar alto com isso.


Informações sobre gênero, idade, localização e atividade em outros sites são processadas pela empresa para traçar o "perfil" de cada usuário e vender o acesso a eles. Comerciantes podem assim escolher seu público-alvo na hora de espalhar anúncios usando as ferramentas pagas da Meta. E golpistas fazem o mesmo. Ou seja, a empresa de Mark Zuckerberg facilita fraudes. Pior: ela não se responsabiliza pelos danos causados a vítimas, uma postura criticada por especialistas. Há muito dinheiro em jogo.


O valor pago por anúncio depende do quão específico é o público-alvo escolhido: quanto mais personalizado, mais caro. A maioria, no entanto, custa menos de R$ 100 e alcança cerca de 5.000 pessoas. "É um custo-benefício muito atraente para os golpistas", afirma Débora Salles, coordenadora do NetLab.


Para a pesquisadora, trata-se de uma ação orquestrada, já que os anúncios — e os links promovidos através deles — são praticamente idênticos e aparecem repetidamente em diversas contas diferentes pertencentes ao banco de dados da Meta.


"Existe a tentativa de pulverizar o golpe, mas temos evidências de que é uma indústria coordenada de golpes. Só não conseguimos vê-la por inteiro", avalia a pesquisadora.

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