G20 - 08 de março de 2024
O Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), identificou e classificou 1.565 anúncios publicitários dirigidos às mulheres como problemáticos, irregulares ou ilegais/fraudulentos. Os dados foram coletados das redes sociais Facebook, Instagram, Messenger e Audience Net. Foram 28 dias de coleta entre janeiro e fevereiro deste ano.
São os primeiros resultados da pesquisa inédita “Observatório da indústria da desinformação e violência de gênero nas plataformas digitais”, que tem o financiamento e apoio do Ministério da Mulheres, no âmbito da iniciativa Brasil Sem Misoginia.
O estudo identificou 550 páginas e perfis responsáveis por publicar anúncios categorizados como tóxicos pelo NetLab, pelo tipo de ameaça que representavam às mulheres, principal público-alvo dos conteúdos. Uma análise das mensagens disseminadas e das normas jurídicas que incidem sobre os tipos de anúncios analisados permitiu identificá-los como problemáticos, irregulares ou fraudulentos.
Do total de anúncios analisados, 1.253 tratam de temas relacionados ao corpo da mulher, inseridos no bilionário mercado da estética. Anúncios enganam, por exemplo, quando fazem referência à suposta aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para conferir legitimidade aos produtos. Muitos usam recursos como logo, fotos de fachada da agência e deep fakes para criar narrativas falsas e aplicar golpes.
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