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YouTube algorithm helps Brasil Paralelo radicalize Brazilians about the climate crisis

Agência Pública - 18 de outubro de 2023



Mais de 13 mil comentários e 982 vídeos recomendados no YouTube. Esse foi o volume de material analisado por quatro pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que fazem parte do NetLab, grupo de pesquisa especializado em analisar os usos das tecnologias de informação.


A pesquisa, publicada no começo do mês na revista acadêmica Social Media + Society, buscou compreender como o documentário Cortina de Fumaça, produzido pela produtora Brasil Paralelo, valeu-se das possibilidades da plataforma para ganhar adesão a teorias da conspiração negacionistas contra a emergência climática. A conclusão: o YouTube não só espalha esse tipo de conspiração, como indica outros conteúdos conspiratórios, ajudando a radicalizar os brasileiros.


Lançado em junho de 2021, o documentário ultrapassou 1,8 milhão de visualizações em apenas três meses. O sucesso pode vir da estratégia agressiva de anúncios que fez a produtora ser uma das maiores anunciantes do Google e Facebook. Entre agosto de 2020 e junho de 2021, quando o filme foi lançado, a Brasil Paralelo gastou R$ 9,2 milhões só no Facebook.


A análise confirmou a inserção do debate ambiental em uma rede ideológica que envolve questões de extremismo, gênero, arte, cultura, educação, história, entre outras, dizem os pesquisadores Débora Salles, Priscila Muniz de Medeiros, Rose Marie Santini, Carlos Eduardo Barros.



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