Jornal O Globo - 02 de outubro de 2022
Uma análise do Netlab, laboratório da Escola de Comunicação da UFRJ, a partir de 4 mil mensagens no Whatsapp e Telegram, entre 25 de julho e 26 de setembro, também detectou a circulação de desinformação disseminada por bolsonaristas. Os conteúdos vão desde mensagens que prometem reunir usuários para uma “contagem pública” dos votos, a partir dos boletins de urna, a áudios e vídeos que apontam “evidências” de que urnas já estariam sendo violadas. Outro exemplo é a desconfiança sobre a proibição de celulares nas cabines de votação, associada a uma atuação da Justiça Eleitoral contra o registro de irregularidades. — A desinformação contra a integridade eleitoral passou a incluir demandas por “contagem pública” e “auditoria popular”. Num primeiro momento, elas foram associadas à participação mais intensa das Forças Armadas no processo eleitoral, com respaldo de políticos e influenciadores bolsonaristas. Nas últimas semanas, as orientações de desobediência civil e conspirações sobre a totalização dos votos se intensificaram — alerta Rose Marie Santini, do NetLab.
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